YVONNE DO AMARAL PEREIRA E SUAS VIDAS
YVONNE DO AMARAL PEREIRA E SUAS VIDAS
( Por Sergio Tobias, do blog: http://amigosdeyvonne.blogspot.com.br/2010/08/yvonne-do-amaral-pereira-e-suas-vidas.html)
1) Uma breve biografia
Yvonne do Amaral Pereira (YPHONE na certidão de nascimento) nasceu na antiga Villa de Santa Thereza de Valença, no sítio do Rapa-queijo, hoje Rio das Flores, sul do estado do Rio de Janeiro, às 6 horas da manhã. O pai, um pequeno negociante, Manoel José Pereira Filho e a mãe Elizabeth do Amaral Pereira. Teve 5 irmãos mais moços e um mais velho, filho do primeiro casamento da mãe.
Aos 29 dias de nascida, depois de um acesso de tosse, sobreveio uma sufocação que a deixou como morta (catalepsia ou morte aparente). O fenômeno foi fruto dos muitos complexos que carregava no espírito, já que, na última existência terrestre, morrera afogada por suicídio. Durante 6 horas permaneceu nesse estado. O médico e o farmacêutico atestaram morte por sufocação. O velório foi preparado. A suposta defunta foi vestida com grinalda e vestido branco e azul. O pequeno caixão branco foi encomendado. A mãe se retirou a um aposento, onde fez uma sincera e fervorosa prece a Maria de Nazaré, pedindo para que a situação fosse definida, pois, não acreditava que a filha estivesse morta. Instantes depois, a criança acorda aos prantos. Todos os preparativos foram desfeitos. O funeral foi cancelado e a vida seguiu seu curso normal.
O pai, generoso de coração, desinteressado dos bens materiais, entrou em falência por três vezes, pois favorecia os fregueses em prejuízo próprio. Mais tarde tornou-se funcionário público, cargo que ocupou até sua desencarnação, em 1935. O lar sempre foi pobre o modesto, conheceu dificuldades inerentes ao seu estado social, o que, segundo ela, a beneficiou muito, pois bem cedo se alheou das vaidades mundanas e compreendeu as necessidades do próximo. O exemplo de conduta dos pais teve influência capital no futuro comportamento da médium. Era comum albergar na casa pessoas necessitadas e mendigos.
Aos 4 anos já se comunicava áudio - visualmente com os espíritos, aos quais considerava pessoas normais encarnadas. Duas entidades eram particularmente caras: O espírito Charles, a quem considerava pai terreno real, devido a lembranças vivas de uma encarnação passada, em que este espírito fora seu pai carnal. Charles, o espírito elevado, foi seu orientador durante toda a sua vida e atividade mediúnica. O espírito Roberto de Canallejas, que foi médico espanhol em meados do século XIX era a outra entidade pela qual nutria um profundo afeto e com a qual tinha ligações espirituais de longa data e dívidas a saldar. Mais tarde, na vida adulta, manteria contatos mediúnicos regulares com outras entidades não menos evoluídas, como o Dr. Bezerra de Menezes, Camilo Castelo Branco, Frederic Chopin e outras.
Aos 8 anos repetiu-se o fenômeno de catalepsia, associado a desprendimento parcial. Aconteceu à noite e a visão que teve, a marcou pelo resto da vida. Em espírito, foi parar ante uma imagem do "Senhor dos Passos", na igreja que freqüentava. Pedia socorro, pois sofria muito. A imagem, então, cobrando vida, lhe dirigiu as seguintes palavras: "Vem comigo minha filha, será o único recurso que terás para suportar os sofrimentos que te esperam", aceitou a mão que lhe era estendida, subiu os degraus e não lembra de mais nada. De fato, Yvonne Pereira foi uma criança infeliz. Vivia acossada por uma imensa saudade do ambiente familiar que tivera na sua última encarnação na Espanha e que lembrava com extraordinária clareza. Considerava seus familiares, principalmente seu pai e irmãos, como estranhos. A casa, a cidade onde morava, eram totalmente estranhas. Para ela, o pai verdadeiro era o espírito Charles e a casa, a da Espanha. Esses sentimentos desencontrados e o afloramento das faculdades mediúnicas faziam com que tivesse comportamento considerado anormal por seus familiares. Por esse motivo, até os dez anos, passou a maior parte do tempo na casa da avó paterna.
O seu lar era espírita. Aos 8 anos teve o primeiro contato com um livro espírita. Aos 12, o pai deu-lhe de presente "O Evangelho segundo o Espiritismo" e o "Livro dos Espíritos", que a acompanharam pelo resto da vida, sendo a sua leitura repetida, um bálsamo nas horas difíceis. Aos 13 anos começou a freqüentar as sessões práticas de Espiritismo, que muito a encantavam, pois via os espíritos comunicantes. Teve como instrução escolar o curso primário. Não pode, por motivos econômicos, fazer outros cursos, o que representou uma grande provação para ela, pois amava o estudo e a leitura. Desde cedo teve que trabalhar para o seu próprio sustento, e o fez com a costura, bordado, rendas, flores, etc. A educação patriarcal que recebeu, fez com que vivesse afastada do mundo. Isto, por um lado, favoreceu o desenvolvimento e recolhimento mediúnico, mas por outro, a tornou excessivamente tímida e triste.
Como já vimos, a mediunidade apresentou-se nos primeiros dias de vida terrena, através do fenômeno de catalepsia, vindo a ser este, um fenômeno comum na sua vida a partir dos 16 anos. A maior parte das reportagens de além-túmulo, dos romances, das crônicas e contos relatados por Yvonne Pereira, foram coletados no mundo espiritual através deste processo, na hora do sono reparador. A sua mediunidade, porém, foi diversificada. Foi médium psicógrafo e receitista (Homeopatia) assistida por entidades de grande elevação, como Bezerra de Menezes, Charles, Roberto de Canallejas, Bittencourt Sampaio. Praticou a mediunidade de incorporação e passista. Possuía mediunidade de efeitos físicos, chegando a realizar algumas sessões de materialização, mas nunca sentiu atração por esta modalidade mediúnica. Os trabalhos, no campo da mediunidade, que mais gostava de fazer eram os de desdobramento, incorporação e receituário. Como foi dito, através do desdobramento noturno que Yvonne Pereira navegava através do mundo espiritual, amparada por seus orientadores, coletando as crônicas, contos e romances com os quais hoje nos deleitamos. Como médium psicofônico, pode entrar em contato com obsessores, obsidiados, e suicidas, aos quais, devotava um carinho especial, sendo que muitos deles tornaram-se espíritos amigos. No receituário homeopático trabalhou em diversos centros espíritas de várias cidades em que morou durante os 54 anos de atividade. Foi uma médium independente, que não se submetia aos entraves burocráticos que alguns centros exercem sobre seus trabalhadores, seguia sempre a "Igreja do Alto" e com ela exercia a caridade a qualquer hora e a qualquer dia em que fosse procurada pelos sofredores.
Foi uma esperantista convicta e trabalhou arduamente na sua propaganda e difusão, através de correspondência que mantinha com outros esperantistas, tanto no Brasil, quanto no exterior. Desde muito pequena cultivou o estudo e a boa leitura. Aos 16 anos já tinha lido obras dos grandes autores como Goethe, Bernardo Guimarães, José de Alencar, Alexandre Herculano, Arthur Conan Doyle e outros. Escreveu muitos artigos publicados em jornais populares. Todos foram perdidos.
A obra mediúnica de Yvonne Pereira consta de 20 livros.
Nasceu no Rio de Janeiro em 24-12-1900(1906 é o ano mais usado, mas não é real)
Desencarnou no Rio de Janeiro em 09-03-1984
Fonte: Jornal Macaé Espírita - Nº 289/290 - Janeiro e Fevereiro de 2000
Biografia compilada por Rocky Antonio Valencia Oyola e ampliada por Sergio Tobias
2) A multiplicidade de sua Mediunidade
Yvonne Pereira apresentou suas capacidades mediúnicas aos 5 anos de idade e desenvolveu várias aptidões durante sua vida.
- Psicografia
- Psicofonia
- Receitista (Homeopatia)
- Conselheira
- Passista
- Premonitória
- de Desdobramento
- Intuitiva
- de Efeitos Físicos (materialização)
- de Cura (de obsidiados, paralíticos, etc.)
- Vidência
- Oratória
Um importante trabalho realizado por Yvonne era o de fazer orações pelos suicidas: ela costumava recolher nomes de suicidas nos jornais para colocá-los em um caderno de orações. Outro trabalho que também fazia parte da sua rotina era o de responder o grande volume de cartas que recebia com freqüência.
3) A divulgação de suas vidas passadas
“Mergulhado na vida corpórea, perde o Espírito, momentaneamente, a lembrança de suas experiências anteriores, como se um véu as cobrisse. Todavia, conserva algumas vezes vaga consciência dessas vidas, que, mesmo em certas circunstâncias, lhe podem ser reveladas. Esta revelação, porém, só os Espíritos superiores espontaneamente lha fazem, com um fim útil, nunca para satisfazer a vã curiosidade.”
(“O Livro dos Espíritos”, 399)
A Espiritualidade Maior permite a divulgação de outras existências a alguns encarnados com objetivo de aprendizado para o próprio e para um grande número de almas que convivem conosco no planeta. Alguns exemplos são conhecidos pela literatura espírita:
- Emmanuel lembra de duas vidas anteriores como o impiedoso senador romano Públio Lentulus (em “Há dois mil anos”) e como o escravo Nestório (em “50 anos depois”).
- Patrícia, o simpático espírito de “Violetas na Janela”, tem a possibilidade de visualizar uma existência anterior como uma obsessora do filho de seu ex-marido no livro ”A casa do Escritor”.
A grande médium Yvonne Pereira recebeu informações de nada menos que 5 vidas anteriores em forma de romance, ditados.por guia e mentor Charles
É nossa proposta de trabalho analisar as 5 existências dessa querida médium e extrair a maior quantidade possível de aprendizados dessas suas vidas. Para isso teremos contato com alguns trechos dos seguintes livros (uma outra existência no século I é mencionada de forma muito simples):
• NAS VORAGENS DO PECADO ( século XVI )
• O CAVALEIRO DE NUMIERS (século XVII )
• O DRAMA DA BRETANHA (XVIII)
• SUBLIMAÇÃO (século I e XIX )
1ª EXISTÊNCIA( Nas Voragens do Pecado)
“ .. Essa menina, encantamento dos pais e dos cinco varões mais velhos do que ela, anjo bem-amado da família, que nela preferia enxergar a estrela protetora que irradiava e doces promessas no velho e pacato solar, chamava-se RUTH-CAROLINA e nascera quando maior era o entusiasmo de seus pais pela crença da reforma.” (p.27)
“Carlos Felipe II...além de médico... pregador eficiente da Boa-Nova do Cristo de Deus...renunciara ..à sociedade e aos bens do mundo...” (p. 28)
“Amado e respeitado, Carlos Felipe....nutria pela irmãzinha menor extremos de verdadeiro pai...Educava a irmã com esmero....E ingressava-a ... em torno das Escrituras” (p. 30-31)
“...Luís de Narbone, fanático religioso a quem chamavam “Capitão da fé”, escreveu... –vossa família...propagandistas da seita sacrílega de Martinho Lutero e João Calvino...aconselho-vos a vos retirardes da França-...Leu-a o jovem <> ...Carlos era moço...-Dizei ao vosso Capitão que Carlos Felipe II.....considera...impertinentes-....-Correrá sangue, senhor!”(p.36-38)
“...Príncipe Frederico de G. ... contrato de aliança matrimonial para Ruth-Carolina” (p.38)
“Consultemos Jesus......resistiremos à pressão de Luís de Narbone......<>...acompanhassem Ruth até a residência de Otília de Louvigny....não deveriam ser cientificadas das ameaças...de Luís de Narbone...” (p.40-41)
“Subitamente, ecoa até o segundo andar,....o badalar alarmante da sineta do pátio....gritos de alarme e desespero....relinchar de cavalos....machadadas violentas depredassem portas...O Castelo está invadido pela soldadesca.....soldados entram no recinto....oficiais militares com uma estrela branca aplicada ao peito (massacre da Noite de São Bartolomeu).....Uma espada trespassou o coração do jovem pastor reformista...Ao lado de Carlos caem seus pais.....Um trucidamento macabro fere-se naquele amplo recinto.....Um por um tombam mortos...Todos desarmados....E a tais horrores presidindo – o belo <>.....Atrás, porém, ficavam a morte....o incêndio....a quantos ousassem ... sobrepor à Reforma aos dogmas e imposições de Roma...”(p. 52-56)
“...Então, inteirava-se Ruth de que o oficial que comandara o ataque – Luís de Narbone – procurara-a.....sua querida Otília que se encontrava gravemente enferma....Luís de Narbone perecerá nas minhas mãos....minha dor...meu infortúnio fornecer-me-ão as armas...Otília de Louvigny...inclinações lamentáveis...sugestões malévolas...as tentações das trevas...sou riquíssima e sei que vou morrer...para me separar sempre de meu Carlos...Presenteio...com minha fortuna...Depois da minha morte....usa meus papeis de família e meu nome...Esquece...que te chamaste Ruth .....para viveres a vida de Otília de Louvigny....e vinga-te de Luís de Narbone por ti mesma e também por mim...Intriga quanto puderes, Ruth!...És bela e jovem, pois mal completastes dezoito anos...Destruir Luís de Narbone...E fica certa minha Ruth, que minha alma te seguirá os passos....orientando-te as ações.....- Eu, Ruth-Carolina de Brethencourt de La-Chapelle...juro....que vingarei a morte de meus pais e irmãos....na pessoa do Príncipe Luís de Narbone, Conde de S... e Capitão da Fé.....20 de outubro de 1572...Ruth-Carolina de La-Chapelle e Luís de Narbone travam conhecimento...”(p.59-69)
“....Jurei sobre as Sagradas Escrituras, em presença de uma agonizante...desgraçar Luís de Narbone...- Senhora! As Sagradas Escrituras ensinam a perdoar setenta vezes sete....”(p.78)
“Luís olhava-a, absorvia-a....os cabelos, os vestidos...._ Meu Senhor perdoai(o atraso)......A violência da chuva...- Não diga nada...As cerimônias ultrapassaram o espaço de uma hora.”(p.87)
“Luís apresentou-a....cumprimentando a Rainha.....subitamente, porém, falou a Rainha......- Tu não és uma Louvigny! És descendente dos Brethencourt de La-Chapelle!....(p. 96-97)
“Entraram em entendimentos.. Ruth narrou seu ódio....À Rainha pouco importariam os motivos que pudessem levar aquela insignificante criança a desejar aniquilar um homem como Luís de Narbone” (p.99)
“Arrastado pelos algozes, Luís resistiu sempre...Senhora, salvai-me, por Deus!...entregando de Narbone numa cilada...”(p. 217)
“...unia em matrimônio a formosa de La-Chapelle e o príncipe Frederico de G....Ruth era, com efeito, a <> que apaixonara o desgraçado Luís de Narbone, desaparecido para sempre nas trevas de um subterrâneo desconhecido do Louvre.”(p.261)
Que ensinamentos podemos extrair deste belo romance ? Será que somente o espírito de Yvonne Pereira está sujeito às agruras da vida, ou podemos nos ver numa situação como essa? O que fazer ?
2ª EXISTÊNCIA (O Cavaleiro de Numiers)
Após reunião Espiritual, os mentores decidiram qual seria o destino de cada personagem que vimos anteriormente . Eis aqui os seus destinos:
• Luís de Narbone, o Capitão da Fé, do século XVI, como Cavaleiro Henri Numiers.
• Monsenhor de B.,que era o pai adotivo de Luís, como o camponês Arnold Numiers, pai de Henri.
• Carlos Felipe II como professor Padre Antoine Thomas, Conde de Vermont.
• Ruth-Carolina de La-Chapelle como Berthe de Sourmeville - Stainesbourg.
• Príncipe Frederico de G. , como o Barão Louis Fredérych,,,, de Stainesbourg.
“E novo drama de paixões e aventuras desencadeou-se nos cenários da Terra, próprio, como tantos outros, de um planeta de provas e expiações, onde reencarnam réprobos e delinqüentes”
Berthe (Ruth), filha bastarda de um aristocrata, viveu até os dez anos no castelo, junto com o primo Louis (Frederico de G.). Quando a mãe de Louis, que protegia Berthe, morreu, o castelo foi fechado e Louis saiu a viajar com o pai para esquecer as tristezas. Berthe foi entregue a um casal de ex-criados do castelo, Arnold (Monsenhor de B.) e Marie Numiers, que receberam, por prêmio do Barão, uma Quinta, e tinham um filho, Henri Numiers, que era irmão de leite de Louis.
Berthe foi criada com muito carinho pelos Numiers. Era linda e despertava paixões por onde passava. Até padre Antoine Thomas (Carlos Felipe II) era por ela apaixonado.
A pequena Berthe casa-se com Henri Numiers, para alegria de Marie e Arnold e todos vivem muito felizes na Quinta Numiers.
Com a volta de Louis de Stainesbourg, reacende em Berthe a paixão pelo primo e eles fogem deixando Henri de Numiers desesperado. Logo após Henri se suicida se jogando montanha abaixo. Este ato criminoso fez com que Henri, já desencarnado, revisse constantemente a sua queda entre as pedras, sentindo sempre todas as dores do mergulho no abismo.
Com a morte do filho Henri, Arnold e Marie morrem de tristeza, só que Arnold desencarna com muito ódio de Berthe e passa a procurá-la, mesmo desencarnado.
Berthe continua, ainda, despertando paixões por onde passa.
Qual foi a principal dificuldade de Berthe (Ruth) nessa existência? É comum este problema entre nós? Como é possível sublimar esta dificuldade em nossas vidas?
3ª EXISTÊNCIA (O Drama da Bretanha)
Mais uma vez nossos personagens se incorporam em novas personalidades, fruto da misericórdia do Pai, para que cada um consiga, através da reencarnação, superar as suas deficiências morais. A nossa conhecida Berthe (Ruth) agora está na pele de Andrea de Guzman, menina com muitos problemas de saúde devido a uma obsessão e rejeitada pelos pais, que não entendem as suas dificuldades. Por essa razão Andrea era uma menina retraída e vive fechada em seus aposentos.
Victor de Guzman (Carlos Felipe II), irmão e protetor de Andrea, era médico e estudioso das religiões orientais, o ponto de equilíbrio da Família de Guzman.
Arthur de Guzman d’Evreux (Luís de Narbone/Henri de Numiers), primo de Andrea e esta é prometida em matrimônio a Alexis (Frederico de G.), irmão gêmeo de Arthur.
Arthur tinha pavor de alturas, fato que é explicado pelo suicídio da encarnação passada onde foi Henri de Numiers.
O obsessor de Andrea era o espírito de Arnold de Numiers (Monsenhor de B.), que odiava Andrea por ela ter provocado o suicídio do filho Henri e a morte de seu querido Luís de Narbone, em duas encarnações anteriores.
Andrea se entrega aos carinhos e carícias de um vizinho, Marcus de Villiers. Ela engravida de Marcus e se suicida pelo desgosto causado aos familiares.
Aqui estamos, companheiros, com mais um exemplo do erro em relação às Leis do Alto. Que lições podemos retirar desses episódios? Que imagem podemos formar de Ruth-Carolina, Berthe de Sourmeville e Andrea de Guzman em relação a nossa querida Yvonne Pereira?
4ª EXISTÊNCIA (Sublimação - cap. 6 – 1ª parte)
Nesta nova existência Yvonne Pereira se apresenta como a dançarina cigana Nina (Ruth/Berthe/Andrea). Na verdade se chamava Eponina Vidigal (III-pág.151), não era cigana de verdade mas se passava por dançarina cigana, vendendo seu corpo para sobreviver. Seu pai era saltimbanco e lhe ensinou a dançar. Morreu quando ela tinha dezessete anos e sua mãe, quando ela tinha 3 anos.
Um fidalgo a desgraçou e ela foi para as ruas com seu filho, que morreu com um ano, de fome.
Conde Ramiro de Montalban (Victor de Guzman/Carlos Felipe II) era um jovem médico madrileno que consumia parte de sua fortuna com filantropia e mantinha um hospital para necessitados. Reconheceu Nina como sua irmã da encarnação passada (Andrea de Guzman), que ele havia visto em sonho. Ramiro recolhe Nina ao hospital para tratamento de tuberculose, mas ela desencarna mesmo assim, vítima da doença.
5ª EXISTÊNCIA (Sublimação - cap. 6 – Conclusão e Recordações da Mediunidade cap. IV)
( No livro Sublimação, no capítulo 5 "EVOLUÇÃO", existe a menção do aparecimento de Yvonne no ano 40 da era cristã na Ásia. Ela era a mais atrevida das 15 esposas de Charles - Na época Imperador SAKARAN - que se suicidou, louco de amor, por conta da assassinato de Lygia. Lygia e Sakaran ainda permanecem juntos em várias encarnações. Sakaran sempre evoluindo mas Lygia....)
O espírito de Nina aparece para D. Ramiro (hoje Espírito Charles) pedindo que ele se casasse com a antiga noiva Constância e que ela, Nina, fosse a sua filha querida. Ela pede também que D. Ramiro seja bem rigoroso na sua formação evangélica devido às suas inclinações bastardas. (Sublimação pág. 215-218)
Nina, agora reencarnada como filha de D. Ramiro e Constância, se casa com o médico Roberto de Canallejas ( Luís de Narbone/Henri de Numiers/Arthur de Guzman), especializado em tuberculose infantil e têm uma linda filha chamada Lalita. Nessa nova encarnação nossa principal personagem se perde novamente nas paixões e desgosta muito o seu querido Roberto de Canallejas, fazendo com ele se descuidasse propositadamente com o Bacilo de Koch e ficasse tuberculoso, infectando inclusive a pequena Lalita, que veio a desencarnar. Roberto se deixa morrer pelo desgosto doméstico e é considerado reincidente suicida. Diante desse quadro nossa personagem comete suicídio mais uma vez, jogando-se no rio Tejo em Portugal do século XIX.
Roberto de Canallejas acompanha Yvonne Pereira desde os 4 anos de idade, em Espírito e reencarna em 1931 na Polônia como o militar Z. P.. Em 1976 esteve no Brasil e, em 1977, por pouco não se encontra com Yvonne. (Dados do livro UM CASO DE REENCARNAÇÃO - EU E ROBERTO DE CANALLEJAS)
“...E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança do passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe porque sofre e que sofre com justiça.”
(“O Evangelho segundo o Espiritismo” cap. V, 11)
Poste um comentário