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08 DEMARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Artigo de CLÁUDIO LUCIANO - www.claudioluciano.com.br

HISTÓRIA DO 8 DE MARÇO.

O dia 8 de março é o resultado de uma série de fatos, lutas e reivindicações das mulheres (principalmente nos EUA e Europa) por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos, que tiveram início na segunda metade do século XIX e se estenderam até as primeiras décadas do XX.


No dia 8 de março de 1857, trabalhadores de uma indústria têxtil de Nova Iorque fizerem greve por melhores condições de trabalho e igualdades de direitos trabalhistas para as mulheres. O movimento foi reprimido com violência pela polícia. Em 8 de março de 1908, trabalhadoras do comércio de agulhas de Nova Iorque, fizeram uma manifestação para lembrar o movimento de 1857 e exigir o voto feminino e fim do trabalho infantil. Este movimento também foi reprimido pela polícia.

No dia 25 de março de 1911, cerca de 145 trabalhadores (maioria mulheres) morreram queimados num incêndio numa fábrica de tecidos em Nova Iorque. As mortes ocorreram em função das precárias condições de segurança no local. Como reação, o fato trágico provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de segurança de trabalho, gerando melhores condições para os trabalhadores norte-americanos.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem ao movimento pelos direitos das mulheres e como forma de obter apoio internacional para luta em favor do direito de voto para as mulheres (sufrágio universal). Mas somente no ano de 1975, durante o Ano Internacional da Mulher, que a ONU (Organização das Nações Unidas) passou a celebrar o Dia Internacional da Mulher em 8 de março. [i]

O ESPIRITISMO E A MULHER

Qual a visão Espírita da mulher? O que ensinaram os Espíritos Reveladores na Codificação Espírita?

Vejamos as instruções de O LIVRO DOS ESPÍRITOS: [ii]


817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos?

“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?”

818. Donde provém a inferioridade moral da mulher em certas regiões?

“Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.”

819. Com que fim mais fraca fisicamente do que o homem é a mulher?

“Para lhe determinar funções especiais. Ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.”

820. A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem?

“A força que a um sexo Deus concedeu é para que proteja o outro, não para que o escravize.”

821. As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem?

“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.”

822. Sendo iguais perante a lei de Deus, devem os homens ser iguais também perante as leis humanas?

“O primeiro princípio de justiça é este: não façais aos outros o que não quereríeis que vos fizessem.”

a) – Assim sendo, uma legislação, para ser perfeitamente justa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher?

“Dos direitos, sim; das funções, não. Preciso é que cada um esteja no lugar que lhe compete. Ocupe-se do exterior o homem e do interior a mulher, cada um de acordo com a sua aptidão. A lei humana, para ser equitativa, deve consagrar a igualdade dos direitos do homem e da mulher. Todo privilégio a um ou a outro concedido é contrário à justiça. A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização. Sua escravização marcha de par com a barbaria. Os sexos, além disso, só existem na organização física. Visto que os Espíritos podem encarnar num e noutro, sob esse aspecto nenhuma diferença há entre eles. Devem, por conseguinte, gozar dos mesmos direitos.”

Insta destacar alguns pontos que consideramos importantes:

  1. Homens e mulheres são iguais perante Deus e tem os mesmos direitos e deveres (q.817);
  2. A condição física da mulher, em regra geral, mais fraca que a do homem não é causa para sua inferiorização perante o homem (q.819/820);
  3. As funções atribuídas à mulher, pela natureza, são mais importantes que as do homem (q.821);
  4. A legislação humana, ainda anos-luz distante da legislação divina, precisa instituir a igualdade de direitos e deveres (q.822). Dentro deste conceito, jamais poderíamos levar o Livro dos Espíritos aos seguidores do Islamismo, onde a mulher, salvo raríssimas exceções, ainda é vista quase como alimária, objeto de valor (e pouco valor!);
  5. Os Espíritos Superiores reiteram que “A emancipação da mulher acompanha o progresso da civilização” (q.822-a). Nada mais justo.

É bom lembrar todo o ensino dos Espíritos quando afirma que somos todos iguais em direitos e deveres!

Ainda vivemos em um planeta de provas e expiações, onde boa parte das mulheres ainda sofre com a discriminação em determinados países.

Ainda me vem à mente o caso das mulheres que são condenadas a serem castigadas em público porque foram estupradas!

Vejamos este caso [iii]:

Uma mulher que foi violentamente estuprada na Arábia Saudita, foi condenado a 200 chicotadas e seis meses de prisão após ser considerada culpada de indecência e falar com a imprensa.

A mulher, de 19 anos, estava em um carro com uma amiga estudante quando dois homens entraram no veículo e as levaram para uma área isolada. Ela diz que foi estuprada por sete homens, três dos quais também atacaram sua amiga.

A mulher muçulmana xiita foi inicialmente sentenciada a 90 chibatadas após ser condenada por violar as normas religiosas do reino sobre a separação entre os sexos.

A Arábia Saudita defendeu a decisão controversa de punir a vítima, dizendo que ela errara ao estar fora de casa sem um membro da família homem, o que foi recebido com um clamor internacional.

O Ministério da Justiça aceita críticas construtivas, longe de emoções’, disse em uma declaração.

Por favor note: a vítima de estupro e seu companheiro homem haviam sido perdoados pelo falecido rei Abdullah em dezembro de 2007.

Estarrecedor!

Ainda com todo o progresso que atingimos enquanto povos instruídos, ainda não somos civilizados, no conceito dos Espíritos [iv]:

793. Por que indícios se pode reconhecer uma civilização completa?
“Reconhecê-lo-eis pelo desenvolvimento moral. Credes que estais muito adiantados, porque tendes feito grandes descobertas e obtido maravilhosas invenções; porque vos alojais e vestis melhor do que os selvagens. Todavia, não tereis verdadeiramente o direito de dizer-vos civilizados, senão quando de vossa sociedade houverdes banido os vícios que a desonram, e quando viverdes como irmãos, praticando a caridade cristã. Até então, sereis apenas povos esclarecidos, que percorreram a primeira fase da civilização.”

Enquanto uma única mulher ainda for vítima de tais absurdos, estaremos longe da plenitude com as Leis Divinas.

Deus abençoe a mulher, mas não somente no seu dia. Em todos os dias!

Deus abençoe especialmente aquelas mulheres que ainda vivem em um regime digno da idade média!





[i] - fonte: http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm acesso em 05/03/2017 às 11h39min
[ii] - KARDEC, Allan. LIVRO DOS ESPÍRITOS, Parte terceira, Das leis morais, Capítulo IX - 8. Lei de igualdade: Igualdade dos direitos do homem e da mulher, questões 817 a 822
[iv] - KARDEC, Allan. LIVRO DOS ESPÍRITOS, Parte terceira, Das leis morais, Capítulo IX - 7. Lei do progresso: Civilização, questão 793

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